quinta-feira, 24 de junho de 2010

Técnica Ajuda Paciente em Estado Vegetativo a Comunicar-se

Escâneres de ondas cerebrais podem tornar possível a comunicação com pessoas com morte cerebral, diz um novo estudo de pesquisadores belgas e britânicos, revelado pela revista inglesa The Economist.

Alguns estudos recentes mostraram que alguns pacientes em estado vegetativo podem estar mais conscientes do que parecem. Segundo Damian Cruse, da Unidade de Ciências do Cérebro da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, as máquinas de eletroencefalografia vão ajudar esses pacientes a se comunicar. A equipe pediu a seis voluntários saudáveis a usar o aparelho de eletroencefalografia (EEG), que conectam eletrodos à cabeça da pessoa. Os participantes tiveram que reagir a um aviso sonoro imaginando que estavam apertando sua mão direita ou mexendo os dedos dos pés.

Os pesquisadores descobriram que as reações dos cérebros dos voluntários eram bem diferentes – a mão ativava o lado esquerdo do cérebro e a mexida nos dedos dos pés produzia uma resposta no centro do cérebro. Depois, os cientistas testaram o mesmo procedimento em um paciente com síndrome do encarceramento, um problema que deixa essas pessoas ou quase completamente paralisadas, mas com algum controle sobre os movimentos dos olhos.

Finalmente, eles testaram o método em um paciente em estado vegetativo há dois anos. Os pesquisadores observaram os sinais de EEG dele e conseguiram deduzir qual movimento estava imaginando. A mesma esquipe estudou 23 pacientes em estado vegetativo durante quatro anos e descobriu que quatro deles eram capazes de responder sim ou não às perguntas ao mudar sua atividade cerebral.
Os cientistas pediram aos voluntários para imaginar que estavam jogando tênis quando queriam dar uma resposta ou caminhar em volta da casa quando queriam dar a outra.

Como os pacientes responderam às perguntas, não estavam tecnicamente em estado vegetativo, disseram os pesquisadores.
A prova de que eles conseguem se comunicar – de que não tiveram morte cerebral – pode ter implicações para suas famílias e sobre as decisões dos médicos sobre seus cuidados.
Fonte: (D)Eficiente

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