sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Minha ausência e a necessidade de uma Vida Independente

Quem não me acompanha nas redes sociais deve ter estranhado esta minha ausência. Ausência essa, devido a vários motivos:

- Inicio de escaras na região do ísquio (osso saliente em cada nádega onde nos sentamos) que me levou a ficar uns dias de cama (comecei ontem o levanto progressivo para a cadeira de rodas), pois para mim o melhor tratamento continua a ser o deixar imediatamente de fazer pressão sobre a região afetada. Feridas já estão cicatrizadas, agora é aguardar que próximos levantes corram bem e a cura total aconteça;

- Uma escara no joelho direito devido ao deslocamento da rotula e abusar do decúbito ventral (barriga para baixo), que graças a uma boa joalheira e evitar pressão na região afetada, também está a responder bem ao tratamento;

- Unha grande do pé esquerdo, dilacerada por ter ficado dobrada para baixo, dentro da bota, durante o dia inteiro. Também a melhorar (uma pantufa vai ajudando) e a preparar-se para se soltar e cair;

- Meu cuidador de há vários anos também teve que deixar de me apoiar por motivos de saúde. Solicitei apoio domiciliário à única IPSS da minha área, mas os serviços prestados não respondem minimamente ás minhas reais necessidades. Vejam: almoço que consiste em entregar um termo com comida em cima da mesa e sair imediatamente; Higiene habitação, mas somente nos espaços da casa que utilizo; Tratamento da roupa e Higiene pessoal que se baseia em virem uma vez por dia, e com os minutos contados. Mas só isso não basta. Preciso de mais:

Quem me sirva as refeições; Quem me abra e feche a porta; Quem me deite e levante; Quem me faça posicionamentos na cama de 3 em 3 horas; Quem me dê banho e apoie no treino intestinal (dia sim, dia não, e prolonga-se durante 1h30); Quem me apoie nos fins de semana, noites e feriados; Ida a consultas; Alimentar meu cão e gato; Regar plantas; Acompanhar exames da faculdade; Vestir e despir capa no dia de chuva, etc, etc…

Neste momento continuo com o Apoio Domiciliário, e graças aos meus colegas da faculdade que se disponibilazaram a pagar-me uma cuidadora enquanto situação estabilize, conto com apoio de uma amiga que faz o que Apoio Domiciliário não faz. Expus também o meu caso ao INR, Governo, ISS, ANDST-Associação Nacional Sinistrados no Trabalho, minha seguradora e aguardo respostas concretas.
Como vêm ser dependente em Portugal não é tarefa fácil. Dai a minha greve de fome, e aproveito para vos comunicar que a Conferência sobre Vida Independente realizada no inicio do mês de dezembro em Lisboa, correu muito bem e que o endereço de email para enviarem as vossas sugestões para elaboração de uma lei sobre VI, ainda se encontra disponível. Não deixem de colaborar.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Convite: Conferência internacional pelo direito a uma vida independente em Lisboa

Amigos,
Deixo-vos um convite para estarem presentes na próxima terça feira, no Fórum Lisboa, numa conferência sobre Vida Independente onde irei participar. Haverá transporte gratuito a partir do Porto e transmissão online para quem não puder comparecer.

Tudo começou aqui: http://tetraplegicos.blogspot.pt/2013/07/a-aventura-de-um-tetraplegico-para.html depois...
- Minha greve de fome: http://tetraplegicos.blogspot.pt/2013/10/greve-de-fome-pelo-direito-uma-vida.html
- Resultado: http://tetraplegicos.blogspot.pt/2013/10/resultados-da-minha-greve-de-fome.html
- Apoio da imprensa: http://tetraplegicos.blogspot.pt/2013/10/resumo-comunicacao-social-sobre-greve.html e a luta continua com esta…

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL PELO DIREITO A UMA VIDA INDEPENDENTE

O Estado Português subscreveu a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em 2009. A Convenção é muito clara:
(...) “os Estados Partes comprometem-se a:
a) Adoptar todas as medidas legislativas, administrativas e de outra natureza apropriadas com vista à implementação dos direitos reconhecidos na presente Convenção;”

Passaram já 4 anos e o Estado não cumpriu o compromisso que assinou relativamente a inúmeros itens da Convenção, nomeadamente o estabelecido no Art.19º - Direito a viver de forma independente e a ser incluído na comunidade

Neste Artº o Estado Português reconheceu “o igual direito de direitos de todas as pessoas com deficiência a viverem na comunidade, com escolhas iguais às demais” e comprometeu-se a tomar “medidas eficazes e apropriadas para facilitar o pleno gozo, por parte das pessoas com deficiência, do seu direito e a sua total inclusão e participação na comunidade, assegurando nomeadamente que:

a) As pessoas com deficiência têm a oportunidade de escolher o seu local de residência e onde e com quem vivem em condições de igualdade com as demais e não são obrigadas a viver num determinado ambiente de vida;

b) As pessoas com deficiência têm acesso a uma variedade de serviços domiciliários, residenciais e outros serviços de apoio da comunidade, incluindo a assistência pessoal necessária para apoiar a vida e inclusão na comunidade a prevenir o isolamento ou segregação da comunidade;

c) Os serviços e instalações da comunidade para a população em geral são disponibilizados, em condições de igualdade, às pessoas com deficiência e que estejam adaptados às suas necessidades.”

Recordamos ainda que na Lei n.º 38/2004,de 18 de Agosto sobre o regime jurídico da prevenção, habilitação, reabilitação e participação da pessoa com deficiência, no Artigo 7.º - Princípio da autonomia, se define que a “pessoa com deficiência tem o direito de decisão pessoal na definição e condução da sua vida.”

O que observamos, passados estes anos é que a política dos sucessivos governos tem-se orientado no sentido da institucionalização das pessoas com deficiência.

O Estado em vez de criar condições para as pessoas com deficiência se manterem nas suas residências, no seu enquadramento familiar e social centra a sua intervenção na comparticipação de soluções orientadas para o desenraizamento social e afectivo destas pessoas.

Comparticipa por ex. os lares residenciais com 951,53€ por utente internado e no entanto, se a mesma pessoa estiver em casa, com a sua família, a comparticipação máxima que poderá ter para contratar alguém para o assistir, é de 177.79€.

Existe mesmo a situação paradoxal de ser possível financiar com 672,22€ uma família de acolhimento na casa ao lado da família, que nas melhores das hipóteses, tem direito a 177,79€ para cuidar do seu familiar dependente.

É de notar que, quer na situação de internamento em lares quer nas famílias de acolhimento, as pessoas com deficiência ainda têm de comparticipar com parte dos seu magros rendimentos.

Esta situação é anacrónica quer do ponto de vista do bem-estar emocional e social da pessoa, quer ainda do ponto de vista da despesa do Estado. Uma solução que passe por pagamentos directos à pessoa com deficiência, dando-lhe meios que lhe permitam escolher entre a permanência na sua residência ou o internamento, poderá, no nosso ponto de vista, ser também uma poupança para as contas do Estado.

O conceito de vida independente é a saída para o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Estado quer na Convenção já referida, quer na legislação nacional existente. Cabe à pessoa com deficiência “o direito de decisão pessoal na definição e condução da sua vida.” Este foi o compromisso assumido pelo Estado Português ao assinar a Convenção. Foi também o próprio Estado que na Estratégia Nacional para a Deficiência 2010-2013 (ENDEF) inscreveu várias medidas que vão nesse sentido:

Medida 63: Desenvolver projecto-piloto que cria o serviço de assistência pessoal.
Medida 64: Executar o aumento da capacidade das residências autónomas (RA).
Medida 66: Executar o aumento da capacidade do Serviço de Apoio Domiciliário (SAD).

Nenhuma destas medidas, que têm como prazo de execução este ano, foi executada de uma forma expressiva, não havendo sequer notícia do projecto piloto que criaria o serviço de assistência pessoal, um dos pilares da vida independente.

Está na altura de passar das boas intenções à prática. É necessária uma lei de promoção da autonomia pessoal/Vida Independente que garanta o direito a uma vida independente para as pessoas com deficiência.

O QUE É A VIDA INDEPENDENTE?

Vida Independente é uma filosofia e um movimento de pessoas com deficiência que trabalham para a auto-determinação, igualdade de oportunidades e respeito por si próprias. Vida Independente não significa que queiramos ser nós a fazer tudo e que não precisamos de ajuda de ninguém ou que queiramos viver isolados.

Vida Independente significa que exigimos as mesmas oportunidades e controlo sobre o nosso dia-a-dia que os nossos irmãos, irmãs, vizinhos e amigos, sem deficiência, têm por garantidos. Nós queremos crescer no seio das nossas famílias, frequentar a escola do bairro, trabalhar em empregos adequados à nossa formação e interesses e constituir a nossa família.

Visto sermos os melhores peritos nas nossas necessidades, precisamos mostrar as soluções que queremos, precisamos de estar à frente das nossas vidas, pensar e falar por nós próprios – tal como qualquer outra pessoa.

Com este fim em vista nós temos de nos apoiar e aprender uns com os outros, organizarmo-nos e trabalharmos por mudanças politicas que conduzam a uma protecção legal dos nossos direitos humanos e cívicos.

Nós somos pessoas comuns partilhando a mesma necessidade de se sentirem incluídas, reconhecidas e amadas.

ENQUANTO ENCARARMOS AS NOSSAS INCAPACIDADES COMO TRAGÉDIAS , TERÃO PENA DE NÓS.

ENQUANTO SENTIRMOS VERGONHA DE QUEM SOMOS, AS NOSSAS VIDAS SERÃO VISTAS COMO INÚTEIS.

ENQUANTO FICARMOS EM SILÊNCIO, SERÃO OUTRAS PESSOAS A DIZER-NOS O QUE FAZER.

Adolf Ratzka – Independent Living Institute - 2005

PROGRAMA

Conferência Vida Independente – A nossa vida nas nossas mãos

Programa
9.00 – 9.45 Recepção
9.45 – 10.15 Mesa de Abertura
Jorge Falcato - (d)Eficientes Indignados
João Afonso – Vereador do Pelouro dos Direitos Sociais - Câmara Municipal de Lisboa
Secretaria de Estado da Solidariedade e Segurança Social*
10.15 – 10.30 Pedro Hespanha - Centro de Estudos Sociais - Coimbra
10.30 – 10.50 Nuria Gómez – Fórum Vida Independent da Catalunha
Assistência pessoal, um direito humano.
10.50 – 11.30 Adolf Ratzka – Independent Living Institute – Suécia
Vida Independente para as pessoas com deficiência: de doente a cidadão e cliente
11.30 – 11.45 Intervalo
11.45 – 12.00 Eduardo Jorge – (d)Eficientes Indignados - Como é viver dependente
12.00 – 12.45 Debate
12.45 – 14.00 Almoço – “Partilha de Sabores” – Traga a sua especialidade e partilhe-a.
14.00 – 14.15 Apresentação de texto sobre a Legislação de Autonomia Pessoal/Vida Independente.
14.15 - 16.30 Debate sobre o texto apresentado - Adolf Ratzka; Nuria Gomez; Jorge Falcato
16.30 – 17.00 Apresentação de conclusões
*A confirmar

Para conhecer melhor os nossos convidados estrangeiros:
Adolf Ratzka
Curriculo
http://www.independentliving.org/ratzka.html
Time Magazine Recognizes Adolf Ratzka as European Visionary
http://www.independentliving.org/docs5/time.html
Entrevistas
http://www.independentliving.org/ratzka-interviews.html

Nuria Gómez
Duas intervenções
http://www.forovidaindependiente.org/node/288
http://www.forovidaindependiente.org/node/291

Movimento (d)Eficientes indignados
Telefone de contacto - 965380600

Email - deficientes.indignados@gmail.com
Página Facebook - https://www.facebook.com/dEficientes.Indignados
Site - http://www.deficientesindignados.org/

Deficientes contra entrega de Centro de Reabilitação do Norte à Misericórdia

A Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados no Trabalho exigiu terça-feira que a gestão do
Centro de Reabilitação do Norte seja entregue ao Serviço Nacional de Saúde, após o período de 3 anos concedido à Misericórdia do Porto.

Numa moção divulgada terça, e que foi aprovada “por unanimidade” no XI Congresso Nacional de Deficientes, a associação manifesta “ao Governo o seu total desacordo pela entrega da gestão do Centro de Reabilitação do Norte [CRN], à Misericórdia do Porto” e censura “o Governo, em especial o Ministro da Saúde, pela recusa da audição e participação das organizações representativas das pessoas com deficiência, principais utentes daquela unidade de reabilitação.

Os signatários deliberaram ainda “exigir que a gestão do CRN, após o fim do período de três anos da gestão concedida à Misericórdia do Porto, passe para a exclusiva responsabilidade do Serviço Nacional de Saúde, com gestão pública e em que estejam representadas as organizações representativas das pessoas com deficiência”.

A moção recorda que “a construção do CRN é resultado da luta do movimento associativo das pessoas com deficiência da região norte”, tendo sido “feita com dinheiros públicos e com a participação financeira da Comunidade Europeia”.

O documento destaca também que “o governo violou a Convenção Europeia dos Direitos das pessoas com deficiência serem ouvidas em tudo o que às pessoas com deficiência diz respeito” e ainda “violou o Decreto-lei nº 106/2013 que consagra o direito de participação e audição das organizações representativas das pessoas com deficiência”.

A Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) vai assumir por 3 anos a gestão do Centro de Reabilitação do Norte, estando prevista a transferência, aprovada em conselho de ministros na passada semana, de 27,6 milhões de euros para o efeito.

Pronto desde Julho de 2012, mas ainda de portas fechadas, o CRN deverá entrar em funcionamento depois de a ARS Norte fazer a entrega do edifício prevendo o provedor António Tavares que tal possa acontecer “já em Dezembro” com “algumas consultas para doentes”, ainda que só fique a funcionar “em pleno” em 2014.

A obra do novo Centro de Reabilitação do Norte (CRN) foi lançada em Junho de 2010 pela então ministra da Saúde, Ana Jorge e a empreitada apresentava então um custo previsto de cerca de 32 milhões de euros e deveria estar concluída em “22 a 24 meses”.

O Centro de Reabilitação do Norte é uma unidade que visa beneficiar os utentes portadores de défices, incapacidades e limitações, de programas de reabilitação validados cientificamente.

Fonte: Porto Canal

Tantra para pessoas com lesão medular

As lesões medulares afetam 30 pessoas a cada 1 milhão de habitantes, principalmente homens na
faixa etária entre 20 e 30 anos com acidentes automobilísticos. Sob o ponto de vista biomédico, observa-se a existência de danos ou anormalidades estruturais e funcionais do corpo, que passa a apresentar alguma incapacidade.

As paraplegias resultam de lesões (traumáticas ou não), que comprometem os segmentos medulares, ocasionando perda total dos movimentos e da sensibilidade dos membros inferiores. Como consequência, é possível ocorrerem perdas relacionadas com as excreções das funções sexuais (como ereções, ejaculações e fertilidade).

É comum que ocorra a insensibilidade das regiões abaixo das lesões, com a inibição das estimulações táteis, mas o desejo sexual persiste, apesar das sequelas do trauma. Nossa experiência demonstra que a persistência dos estímulos nos músculos sexuais e nos tecidos adjacentes provoca a reorganização funcional dos agentes da erotização dos tecidos, do prazer e do orgasmo.

A ênfase do nosso trabalho é aumentar as áreas de sensibilidade que produzem a excitabilidade sexual, pois a incontinência sexual acarreta um maior dano e comprometimento desses tecidos orgânicos, responsáveis pelo prazer. Nossa experiência, respeitando os danos causados pelas lesões, demonstra que é possível recuperar gradualmente as percepções e sensibilidade através de estímulos localizados nos músculos sexuais, num processo de reorganização funcional com enfoque eminentemente terapêutico.

Estudos comprovam que o toque permanente em regiões sem alguma sensibilidade proporciona novas ramificações de células condutoras que estimulam o cérebro a criar novos caminhos entre Vias Aferentes e Vias Eferentes.

Os terapeutas credenciados especializados nessa abordagem atuam justamente no resgate e na recuperação das conexões do prazer com os sentidos. O resultado manifesta-se no corpo físico, pela descoberta de novas formas de prazer e de orgasmo.

O trabalho irá afetar a forma como a pessoa com deficiência respira, sente, atua e compartilha o prazer e o êxtase, reorganizando novas informações e estímulos vinculados aos músculos sexuais. O prazer torna-se mais real, sem o uso da fantasia, dando oportunidade ao corpo para criar novas conexões neurológicas.

Você irá aprender novas técnicas que irão aprofundar a sua intimidade, criando maior contato com o seu centro de energia, mais relaxamento e confiança, harmonizando-se e integrando-se a um estado de paz e harmonia.

A sexualidade das pessoas com deficiência é muito mais complexa do que se pode imaginar. Assim como ocorre com todas as pessoas, não dá para dizer que os corpos reagem de forma igual aos estímulos. Os resultados do trabalho dependerão de alguns fatores, como altura da lesão na medula, gravidade da fratura, capacidade psicológica para enfrentar o problema e a qualidade no processo de reabilitação.

Nem todas as pessoas chegam a ter comprometimento da função sexual após a lesão. Para essas, o ganho do trabalho poderá ser mais enriquecedor. No entanto, deixar de trabalhar os estímulos sexuais pode ocasionar um aumento significativo da perda da libido e um comprometimento definitivo nos tecidos orgânicos relacionados com o prazer, principalmente nos genitais. Os músculos sexuais ficam demasiadamente frouxos e, sem uma tonificação adequada, acabam atrofiando completamente as funções sexuais.

No Tantra, você aprenderá que existem diferentes tipos de orgasmo, relacionados a estímulos provocados de diferentes densidades, usados especialmente para essa finalidade. Os estímulos foram especialmente elaborados para ativar as vinculações nervosas, proporcionando novas informações sensoriais e respostas motoras. Por exemplo, o clitóris está ligado a apenas um dos quatro conjuntos de nervos envolvidos com o prazer sexual, o “pudendo”. O colo do útero tem três nervos relacionados às informações funcionais orgânicas e de prazer, o “pélvico”, o “hipogástrico” e o “vago”.

Antigamente, acreditava-se que o nervo vago passava por dentro da coluna vertebral e terminava no intestino. Mas o nervo vago se estende por fora da medula saindo diretamente do cérebro, desce pelo pescoço, passa pelas cavidades torácica e abdominal e chega até a região pélvica. A primeira evidência de que havia enervações do vago no colo do útero e talvez na vagina foi publicada em 1990, com base em um estudo com ratos. (Sielo 2009).

Alguns homens e mulheres com lesão na coluna, observados em estudos anteriores, tiveram orgasmos sem precisar de toques genitais. Uma carícia no ombro ou no pescoço em alguns casos bastava. Provavelmente devido a uma hipersensibilidade na área da lesão, segundo os autores, essas pessoas sentiam dor ou prazer com facilidade.

Fisiologicamente , o corpo responde a estímulos de toque, mas para isso é preciso saber tocar e saber fazer o outro sentir também. Os trabalhos desenvolvidos com o Tantra, têm proporcionado excelentes resultados com pacientes, homens e mulheres, que, por algum motivo, tiveram perdas pequenas ou médias de sensibilidade corporal, relacionados à ereção, à ejaculação e ao orgasmo, perante as estimulações de caráter sexual. Para esses pacientes, poder sentir de 1 a 10 % de sensibilidade sexual já representa um ganho excepcional que justifica o investimento nos tratamentos de recuperação neuro-funcional.

O trabalho de reorganização sensorial objetiva cria novas inervações sensitivas mecânicas, favorecendo a formação de novas sinapses neurológicas que conduzam a experiência sensorial para o encéfalo, criando o reconhecimento neuronal do prazer e do toque, acordando os atributos dos tecidos erógenos do corpo, capazes de levantar a energia a um nível satisfatório para uma experiência de êxtase, de orgasmo e de prazer.

Cada corpo responde de formas diferentes, produzindo os novos caminhos informativos pelo corpo.

Através de uma compreensão que vai além da fisiologia, contestamos a idéia de que a ausência de sensibilidade nos genitais está associada à indiferença ao sexo. Nosso trabalho se fundamenta principalmente na produção dos humores corporais, os hormônios, fazendo com que o cérebro responda e atue, independentemente da genitália, na gênese da experiência erótica, fazendo com que as pessoas que passaram por lesões raquimedulares redescubram o desejo e a satisfação de compartilhar o prazer sexual com seus parceiros.

Na lesão medular o impulso sexual está integralmente preservado, podendo permanecer oculto no desequilíbrio emocional subsequente à lesão. O trabalho de suporte terapêutico através dos estímulos adequados nos músculos sexuais fará com que, dentro de semanas ou meses, recuperem suas funções sexuais.

As pessoas com paraplegias necessitam de ajuda na reconstrução de sua identidade sexual, uma elaboração de uma nova imagem corporal que recupere a auto-estima. Novos estímulos, especialmente elaborados no Centro Metamorfose, podem ajudar a reconstruir os papéis de vitalidade dos componentes masculino e feminino presentes no corpo e no psiquismo de nossos clientes especiais.

Existe a idéia pré-concebida de que um corpo fisicamente limitado será também um corpo sexualmente limitado, o que não corresponde à realidade. Existem inúmeras possibilidades alternativas para a manifestação da sexualidade, para a obtenção do prazer e para a perspectiva de trocas de intimidade para as pessoas portadoras de necessidades especiais, afastando a idéia de que o deficiente físico é assexuado.

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APD realiza vigília do dia 3 de Dezembro em frente á Assembleia da República

Caros amigos,

A Associação Portuguesa de Deficientes vem novamente apelar à participação da vossa instituição na vigília do dia 3 de Dezembro, dia em que se assinala o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, na Assembleia da República, das 19h00 às 22h00. As medidas de austeridade não afectam somente as pessoas com deficiência, embora estas, pelas suas condições particulares sejam as que mais sentem os cortes nos vencimentos, pensões e apoios sociais. A APD gostaria de poder contar com todos os portugueses nesta acção contra as políticas que estrangulam a vida dos portugueses e põe em causa a soberania nacional.

 Queremos os professores ao nosso lado porque está em causa a escola pública e a educação dos alunos com NEE;

 Queremos os alunos do nosso lado porque a degradação das condições nas escolas atingem todos sem excepção;

 Queremos os trabalhadores do nosso lado porque, tal como os trabalhadores com deficiência, estão também a ser vítimas de roubos nos seus salários;

 Queremos os reformados do nosso lado porque há uma quebra de contrato intolerável por parte do Estado afecta todos os cidadãos.

 Queremos os trabalhadores precários do nosso lado porque a precaridade é um problema que se coloca também os trabalhadores com deficiência;

 Queremos as organizações que lutam pelos direitos dos cidadãos do nosso lado porque estão em causa direitos fundamentais dos cidadãos.

Enfim queremos todos os portugueses do nosso lado porque nós todos sentimos nas nossas vidas as consequências brutais das medidas de austeridade. Outras soluções são possíveis para resolver os problemas do País e por elas temos de lutar.

Caso V. Exas. decidam aderir a esta iniciativa, a APD incluirá o vosso logótipo no material de divulgação. Apelamos à vossa resposta urgente.

A Direcção Nacional
A Presidente
Ana Sezudo

Enviado por email

Seixal debate qualidade de vida das pessoas com deficiência

No dia 3 de dezembro, terça-feira, entre as 14 e as 17.30 horas, o Auditório dos Serviços Centrais da
Câmara Municipal do Seixal recebe o encontro Todos os Dias São Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, para debater formas de promoção da qualidade de vida das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

O encontro conta com a presença de Joaquim Santos, presidente da Câmara do Seixal, e Corália Loureiro, vereadora para a área do desenvolvimento social, e vai colocar em debate as respostas sociais nesta área, bem como apresentar algumas experiências inovadoras como o wheeldance e o boccia sénior.

O encontro é promovido pela Câmara Municipal do Seixal no âmbito do programa das Comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Para participar é necessária uma inscrição prévia que pode ser efetuada, até ao dia 29 de novembro, através do email estela.costa@cm-seixal.pt.
Programa
14 horas
Abertura do secretariado

14.30 horas
Atuação do Grupo de Dança do Rumo ao Futuro

Mesa de Abertura
Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal
José Serôdio, presidente do Instituto Nacional de Reabilitação (a confirmar)

Promoção da Qualidade de Vida da Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida no Município do Seixal
Moderação: José Pavoeiro, presidente da Federação Portuguesa de Desporto para a Deficiência

Acão Social – Uma Resposta Efetiva
Anabela Soares, Câmara Municipal do Seixal

Uma Experiência Inovadora – Wheeldance
José Patrício, presidente da Associação de Paralisia Cerebral de Almada Seixal

Boccia Sénior – Um Sucesso nas Associações de Reformados
José Silva, diretor técnico da Federação Portuguesa de Desporto para a Deficiência
Cristina Trafaria, Câmara Municipal do Seixal

Vivendo com Deficiência e Desastres
Paula Almeida, Comando Operacional Distrital de Setúbal

17.30 horas – Encerramento
Corália Loureiro, vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Desenvolvimento Social

Fonte: Rostos

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Filme: Deficiência e emancipação social para uma crise da normalidade

Como forma de chegar a um público mais vasto, o filme documental pretende ser um contributo, ainda que modesto, na denúncia de uma concepção fatalista de deficiência, culturalmente dominante, que enfatiza as incapacidades funcionais, naturalizando a exclusão e o silenciamento.

A crise da normalidade, assim entendida, é um chamamento a uma transformação sociopolítica que, levando a sério as vozes e os direitos das pessoas com deficiência, ponha fim à trivialização do sofrimento.

O filme foi produzido no âmbito do Projecto de Investigação “Da lesão vértebro-medular à inclusão social: a deficiência enquanto desafio pessoal e sociopolítico”.


EU: Um projeto onde adorei participar. 

Enviado por email

Escolas de Referência - Escolas Inclusivas

Nas normas sobre igualdade de oportunidades para as pessoas com deficiência, em 1993, as Nações Unidas afirmavam não só a igualdade de direitos para todas as crianças, jovens e adultos com deficiência à educação mas também determinavam que a educação deveria ser garantida em estruturas educativas integradas no sistema de ensino, ou seja, em escolas regulares.

Referia ainda o documento das Nações Unidas que competia às autoridades responsáveis pelos serviços de educação (I) assegurar que a educação das pessoas com deficiência deveria realizar-se numa perspetiva de integração, fazendo parte integrante do planeamento educativo nacional, do desenvolvimento curricular e da organização escolar; (II) assegurar a existência de serviços de apoio adequados.

No ano seguinte, em 1994, a Declaração de Salamanca e o Enquadramento para a Ação na Área das Necessidades Educativas Especiais, reiterava que as escolas devem acolher todas as crianças independentemente das suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras.
Estas recomendações são “inspiradas pelo princípio da inclusão e pelo reconhecimento da necessidade de atuar com o objetivo de conseguir “escolas para todos” - instituições que incluam todas as pessoas, aceitem as diferenças, apoiem a aprendizagem e respondam às necessidades individuais.”

Em muitos países, estas recomendações vieram a influenciar uma reformulação profunda na área educativa, visando criar uma maior capacidade das escolas para atenderem todos alunos e visando os conceitos e práticas tradicionalmente adotadas pela educação especial.

Em Portugal, apesar de alguns considerarem que o impacte não foi muito significativo, o Decreto-Lei 3/2008, de 7 de janeiro, assumindo a filiação a estes movimentos, vem definir os apoios especializados a prestar em todos os níveis de educação e ensino, “visando a criação de condições para a adequação do processo educativo às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da atividade e da participação num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social”.

IV Semana da Inclusão em Coruche

Exmºs. Srs.,

No âmbito da IV Semana da Inclusão, que se realiza de 2 a 7 de Dezembro, o Centro de Reabilitação e Integração de Coruche, irá promover a sessão de informação com a temática "Produtos de Apoio - Rumo à Igualdade de Oportunidades" e o Workshop " Soluções Adaptadas para uma Aprendizagem Inclusiva", este último em parceria com a empresa Anditec. Estas iniciativas terão lugar no dia 4 de Dezembro, a partir das 14 horas, no Auditório do Museu Municipal de Coruche.

Segue em anexo a informação sobre as atividades.

As inscrições devem ser remetidas para o e-mail cric.direcao@gmail.com ou cric.lurdessalgadofisio@hotmail.com, com nome, contacto, profissão/área de formação e instituição de origem.

Com os melhores cumprimentos,

Ft. Lurdes Salgado
Centro de Reabilitação e Integração de Coruche
www.cric.pt | cric.direcao@gmail.com | 243660045

Enviado por email

Clientes do CRPG testam estrutura sanitária autoajustável

Os clientes do CRPG - Centro de Reabilitação Profissional de Gaia encontram-se a testar um equipamento de sanita autoajustável. Esta estrutura sanitária possui um sistema mecânico acionado por 2 motores que permite um ajuste da altura do sanitário até 150mm através de um comando remoto. Foi desenvolvida pela Oliveira & Irmão S.A. - OLI.

Para melhorar esta estrutura sanitária auto ajustável, permitindo um uso facilitado a pessoas com deficiências ou incapacidades motoras, foi estabelecido um protocolo de cooperação entre a OLI, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e o CRPG. O projeto que está na base do protocolo intitula-se MOVE e estará concluído até ao final de 2013.

A parceria estabelecida tem como objetivos validar o equipamento e introduzir as melhorias necessárias para usabilidade inclusiva, produzir um artigo científico com o estudo orientado pelo Design Studio FEUP para validação do produto pela população- alvo e sensibilizar e responsabilizar as empresas para a problemática da inclusão das pessoas com incapacidade no desenho dos seus produtos e serviços.

Com a participação neste projeto, o Centro pretende assim contribuir para a promoção de uma sociedade aberta, digna e inclusiva, conforme preconizado na sua visão.

Fonte: CRPG

Portaria n.º 338/2013 | atualização pensões acidentes de trabalho

O artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 142/99 , de 30 de abril, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 185/2007 , de 10 de maio, prevê um regime de atualização anual do valor das pensões de acidente de trabalho, que considera como referenciais de atualização o crescimento real do produto interno bruto (PIB) e a variação média do índice de preços no consumidor (IPC), sem habitação.

Desta forma, considerando que a média da taxa do crescimento médio anual do PIB dos últimos dois anos, apurado a partir das contas nacionais trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativas ao 3.º trimestre de 2012, é inferior a 2 %, e a variação média dos últimos 12 meses do IPC, sem habitação, disponível em 30 de novembro de 2012, foi de 2,9 %, a atualização das pensões de acidente de trabalho para 2013 corresponderá ao IPC, sem habitação.

Assim, nos termos do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 142/99 , de 30 de abril, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 185/2007 , de 10 de maio, manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, o seguinte: Continua AQUI

Adaptable: projeto de vestuário inclusivo

Chama-se ADAPTABLE e tem como objetivo desenvolver vestuário inclusivo, através da adaptação
de peças de vestuário disponíveis no mercado às necessidades específicas de pessoas com necessidades especiais (deficiências e incapacidades, temporárias ou permanentes), englobando também uma vertente de formação na área do tailoring, orientada para pessoas com deficiências ou incapacidades, de forma a potenciar a sua integração no mercado de trabalho.

Enquanto instituição que visa promover o reforço da qualidade de vida das pessoas com deficiências e incapacidades, nas suas diversas vertentes, o CRPG – Centro de Reabilitação Profissional de Gaia é um dos parceiros deste projeto. Neste participam igualmente o Instituto do Emprego e Formação Profissional, MODATEX – Centro de Formação Profissional da Industria Têxtil, Vestuário, Confecção e Lanifícios e várias associações e entidades do setor têxtil e vestuário. A responsabilidade do projeto é da ADAPTABLE – Associação para a Integração e Valorização das Pessoas com Necessidades Especiais.

No âmbito deste projeto, o Centro promoveu um conjunto de sessões de formação para técnicos do MODATEX e da ADAPTABLE. Estas visavam, entre outros objetivos, compreender o impacto das alterações das estruturas e funções do corpo no desenvolvimento das atividades diárias das pessoas com deficiências e incapacidades e identificar técnicas básicas de modelagem e/ou costura para execução do vestuário adaptado e/ou inclusivo. Uma das sessões decorreu nas instalações do Centro, tendo contado com a participação de clientes do CRPG. Estes serviram de modelos para os formandos, partilhando as suas necessidades em termos de vestuário.

Fonte: CRPG

Por um novo simbolo que represente a deficiência

O símbolo da cadeira de rodas, conhecido como SÍMBOLO INTERNACIONAL DE ACESSO, foi adotado pela Rehabilitation International (RI) em 1969, entidade não governamental com sede em Nova York, que congrega organizações nacionais e internacionais e possui status de órgão consultivo da ONU.
O desenho não poderia ser ambíguo. Sua forma deveria ser simples, porém estética; o significado, facilmente reconhecível; o desenho seria identificável mesmo a certa distância; sua reprodução, viável em todos os tamanhos e tipos de material. Venceu o de Susanne Koefoed, da Dinamarca. Que no começo era preto e branco e não tinha cabeça. Por sugestão do Comitê de Ajudas Técnicas da RI, foi acrescentada uma cabeça, o que resultou no símbolo adotado pela ONU e que o mundo inteiro conhece. Recentemente, ativistas têm se posicionado contra o desenho “ultrapassado”, em que mostra um deficiente passivo e ofuscado pela cadeira de rodas.
Se o antigo mostra mais a cadeira do que a pessoa, um novo desenho, de Sara Hendren, do Accessible Icon, agrada por mostrar um ágil deficiente e já foi adotado oficialmente na Índia e na cidade de Nova York.

Fonte: Deficiente Ciente

terça-feira, 12 de novembro de 2013

CONFERÊNCIA – Vida Independente – A nossa vida nas nossas mãos

No dia 7 de Outubro Eduardo Jorge, tetraplégico, estava disposto a fazer uma greve de fome pela Vida Independente, pelo direito a decidir a sua vida, a viver onde quer, pela igualdade de oportunidades. A greve de fome foi cancelada porque fomos recebidos pelo Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, que nos garantiu que no final de Janeiro, após um período de 60 dias em que todos poderão enviar contributos, se dará início à redacção de uma Lei de Autonomia Pessoal/Vida Independente.
Porque queremos uma lei que sirva os interesses das pessoas com deficiência decidimos organizar, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, uma conferência para lhes dar a palavra. Uma conferência em que poderemos falar das nossas necessidades e do que é importante que conste da futura lei. Para decidirmos em conjunto que lei queremos.

Será no dia 3 de Dezembro no Fórum Roma, em Lisboa.

Teremos connosco dois convidados estrangeiros que nos trarão as suas experiências e a realidade dos seu países:

Adolf Ratzka, fundador do Independent Living Institute, da Suécia, um pioneiro do Movimento de Vida Independente na Europa que em 1984 fundou a Cooperativa STIL que em 1998 empregava 1.300 assistentes pessoais para pessoas com necessidades especiais, todos recrutados, formados e geridos pelos 200 elementos que assistem.

Nuria Gómez, activista do Foro de Vida Independent da Catalunha. Co-autora do livro “Deconstruyendo la dependencia. Propuestas para una vida independiente”

Porque é altura de inverter uma política virada para a institucionalização, em que o Estado paga 950 euros mensais aos lares de idosos que recebem pessoas com deficiência, mas dá 88 euros a quem tem necessidade de ajuda por terceira pessoa.

Porque é altura de sermos nós a decidir as nossas vidas.

Porque temos direito a uma vida digna, apelamos à participação de todas as pessoas com deficiência nesta conferência.

Como um dia escreveu Adolf Ratzka:

Enquanto encararmos as nossas incapacidades como tragédias , terão pena de nós.

Enquanto sentirmos vergonha de quem somos, as nossas vidas serão vistas como inúteis.

Enquanto ficarmos em silêncio, serão outras pessoas a dizer-nos o que fazer.

Contamos convosco

(d)Eficientes Indignados

Maria do Rosário Lopes conseguiu seu sistema de elevação vários anos depois

Lembram-se? Depois de alguma luta conseguiu-se o tão desejado sistema de elevação. Nossa amiga agradece como podem ver abaixo:



Estudo 60% dos edifícios portugueses não são acessíveis a cadeiras de rodas

Sessenta por cento dos edifícios em Portugal não são acessíveis a cadeiras de rodas, apesar de a maioria das construções terem apenas um alojamento e serem baixas, notou esta terça-feira João Pedro Branco, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
No seminário "O Parque Habitacional e a sua Reabilitação: Retrato e Prospetiva", com base em dados do período entre 2001 e 2011, o responsável referiu-se a uma análise da entrada do edifícios e nos percursos até à entrada dos fogos.

No evento, a decorrer em Lisboa, o responsável notou que a proporção de edifícios clássicos acessíveis apresentou variações significativas: com mais locais acessíveis a todos estavam o Baixo Vouga, o Pinhal Litoral e o Baixo Mondego.

Do lado posto, as regiões com uma menor proporção de edifícios acessíveis eram a Serra da Estrela (20,5%), o Douro (22,4%) e a Beira Interior Norte (24,3%).

Assim, a conclusão é que o parque habitacional nas regiões do litoral Norte e Centro era mais acessível naquele período.

"Menos de metade (39,5%) dos edifícios era acessível a pessoas em cadeira de rodas. Nos edifícios clássicos construídos para possuírem três ou mais alojamentos familiares, a proporção de edifícios acessíveis era de 19,2%", indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

Os mesmos dados indicam uma tendência de aumento da proporção de edifícios acessíveis no edificado construído mais recentemente e em melhor estado de conservação.

Na sua apresentação, João Pedro Branco referiu não ter encontrado justificações para a grande percentagem de edifícios acessíveis no Baixo Vouga.

O orador sublinhou que os números de 2011 mostram que em Portugal 85% dos edifícios tinham um ou dois pisos e cerca de 87% apenas um alojamento. Nesse ano, o país tinha cerca de 3,5 milhões de edifícios.

Quase metade dos edifícios com quatro ou mais pisos estavam localizados nas regiões da Grande Lisboa e do Grande Porto.

Grande Lisboa, Grande Porto e a Península de Setúbal são caracterizadas como as regiões onde havia menos edifícios de um só alojamento.

Nesta apresentação foi ainda indicado que, apesar da melhoria do estado de conservação, em 2011, cerca de um milhão de edifícios portugueses necessitavam de intervenção.

Fonte: Noticias ao Minuto

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Cidadãos com deficiência produzem biscoitos artesanais em Coimbra

Os biscoitos, denominados "Riscos", são produzidos nos centros de São Silvestre e Montemor-o-Velho da APPACDM de Coimbra, estão disponíveis em cerca de 50 pontos de venda a nível nacional e constituem uma fonte de receita para aquelas instituições, disse à agência Lusa Rui Pais, promotor do projeto.

"Andava à procura de quem pudesse produzir os biscoitos e encontrei a solução nesta parceria. Também por isso cada biscoito é único e especial. Compro-lhes o que produzem, o que também é uma forma de financiar as instituições que passam por dificuldades em tempos de crise", adiantou o empresário.

Atualmente, a produção dos "Riscos" - denominação que deriva da própria forma dos biscoitos, alongados, mas também do "risco de arriscar" em tempos de incerteza na vida profissional do promotor - está centrada, exclusivamente, naqueles dois centros de apoio ao cidadão deficiente mental.

Rui Pais, 43 anos, trabalhou cerca de 20 anos no setor imobiliário e avançou para a produção dos biscoitos artesanais por causa da crise: "Não estava desempregado, mas precário. Em casa, à volta do forno, tentei recriar um biscoito mais estaladiço, os amigos gostaram e pensei, `porque não?`".

Garante que os biscoitos - com sabores a limão, crocantes de sésamo e girassol e cravo e canela - não possuem aditivos e que são "saborosos e estaladiços e devoram-se num ápice".

Os pontos de venda atuais situam-se, primordialmente, no litoral do país, entre Vila do Conde e Lisboa, cidade onde está disponível, no Museu Nacional de Arte Antiga, uma série especial dos "Riscos".

"Sou eu que faço a distribuição e, para já, só temos rotas para norte e para sul de Coimbra", explicou Rui Pais.

A exceção é a Guarda, onde existe um ponto de venda "de uma pessoa que tem um familiar em Coimbra que os leva", estando Rui Pais a desenvolver contactos para expandir a rede a Viseu e Évora e a estudar soluções de exportação do produto artesanal.

Fonte: RTP

9.º Encontro Nacional das Cooperativas de Solidariedade Social

A FENACERCI – Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social promove mais um Encontro Nacional a realizar nos dias 14 e 15 de novembro em Sesimbra, no Hotel Sesimbra e Spa.

A realização do 9.º Encontro Nacional procura assim, criar sinergias conjuntas que permitam a afirmação destas organizações tendo por base o conhecimento e a profunda reflexão dedicadas a determinados temas, escolhidos quer pela actualidade que representam, quer pela oportunidade e necessidade de partilha/consensualização de ideias nas áreas referenciadas.

A FENACERCI – Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social é a estrutura representativa das cooperativas deste sector e tem por missão fundamental promover a criação de condições que, pela via do reforço das organizações associadas, defendam os interesses e direitos das pessoas com deficiência mental e suas famílias.

A Europa e a Educação Inclusiva

Há mais de 60 anos iniciou-se nos países nórdicos um movimento educativo que se designou por “normalização”. Este movimento, partindo da análise dos resultados educativos que crianças e jovens tinham em instituições especializadas – as chamadas “escolas especiais”, propunha que se normalizasse a vida destas crianças e jovens.

Normalizar, ao contrário do que algumas opiniões mais apressadas quiseram interpretar, não é tornar as pessoas “normais” (as condições de deficiência continuam a existir), mas sim a de proporcionar a estas pessoas condições “normais”, isto é em tudo semelhantes às que dispõem as pessoas que não têm uma condição de deficiência, de desenvolvimento, de autonomia e de participação. É este o movimento inspirador da “integração escolar” isto é aquele que inspira as primeiras experiências de educação das crianças e jovens com condições de deficiência na escola regular.

Muito tempo passou sobre estes esforços pioneiros e temos hoje a evidência de que é possível e desejável que os alunos com mais dificuldades não sejam separados, segregados, ostracizados em estruturas de ensino “especiais”.

Separados dos seus colegas que frequentam a escola regular, estes alunos acabam por ficar “longe da vista e longe do coração”.

A partir daqui numerosas declarações e convenções patrocinadas por organizações internacionais tais como a UNESCO, a OCDE e a ONU publicaram textos bem claros sobre o direito à educação inclusiva que os alunos com condições de deficiência têm. Citaria a este respeito só um dos artigos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (art. 24.º, 2. b), ratificado por Portugal (71/2009 e 72/2009), que afirma “(deve ser assegurado que) As pessoas com deficiência possam ter acesso a um ensino primário e secundário inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade com as demais pessoas nas comunidades em que vivem”.

No seguimento de todo um grande e permanente esforço legislativo, o Conselho de Ministros da Conselho da Europa, aprovou a 16 de Outubro passado uma recomendação aos estados membros “assegurando a plena inclusão de crianças e jovens com deficiência na sociedade”. O documento pode ser consultado na íntegra aqui.

Bom, qual é a novidade que este documento nos trás? Na verdade e em termos puramente legislativos nada de muito diferente do que se encontra escrito sobre o assunto no nosso país. Havemos de regressar à sua análise para falar das inovações. Interessa agora realçar que Portugal, fruto de um trabalho continuado que nos devia orgulhar e que nos destaca pela positiva face a muitos outros países europeus, adoptou e acarinhou uma política de educação inclusiva nas escolas públicas. Só assim se explica que cerca de 95% de alunos com deficiência sejam educados no local certo para os educar: a escola regular – alguém poderia pensar que o local mais adequado é um hospital ou outra estrutura que não seja uma Escola?

Este esforço continuado é, sem dúvida, um dos aspectos mais diferenciadores pela positiva do nosso sistema educativo. Quer isto dizer que tudo o que se passa é bom e positivo? Claro que não. Estamos a falar de sistemas humanos e não da corte celestial… Muitos aspectos deste modelo inclusivo poderiam funcionar muito melhor se:

a) os recursos proporcionados às escolas fossem os necessários para responder às necessidades de todos os alunos que as apresentam;

b) houvesse uma clara política de promoção do sucesso de todos em lugar da satisfação com o sucesso da maioria;

c) a escola fosse apoiada, pela formação e pelos recursos materiais e humanos, para melhorar as suas práticas de equidade e de inclusão, etc. etc.

Existem presentemente grandes carências no nosso sistema de apoio aos alunos com dificuldades. O primeiro passo para se empreender uma sincera melhoria neste sistema é termos o que ainda não temos: dados objectivos sobre os recursos instalados e seu funcionamento.

Recentemente um responsável do Governo disse que a Inspecção-Geral da Educação está a monitorizar estes processos mas a avaliação tem de ser feita para além dos parâmetros estritamente administrativos que aquela pode fazer.

É pois bem-vinda esta recomendação do Conselho da Europa. Ela confirma que Portugal foi percursor em matéria de inclusão educativa e que está no caminho certo. Esperamos agora que os responsáveis governativos tenham lido a fábula da tartaruga e da lebre e que saibam que a distância até à meta não se cobre com palavras, com “novos” conceitos de inclusão, mas sim com políticas inclusivas claras, apoiadas e lúcidas.

Por: Professor universitário, presidente da Pró-Inclusão - Associação Nacional de Docentes de Educação Especial.

Fonte: Público

A sexualidade na deficiência não é tabu

A sexualidade na deficiência não tem, nem pode ser, um tabu pela simples razão de que nós, pessoas com deficiência, apesar de sofrermos de deficiência física, sensorial ou intelectual, não perdemos os instintos, muito menos os sexuais. No sexo feminino, existe um ponto quase certo entre pessoas com deficiência e pessoas ditas normais que é a vaidade, mas as semelhanças não se ficam por aqui. A sexualidade também está na lista porque a deficiência não é claramente sinónimo de impotência mas é uma forma de desenvolver novos métodos para sentir prazer e de igual modo sentir-se desejada. 

Segundo um testemunho que encontrei num site na internet, a psicóloga e consultora de órgãos públicos, Ana Rita de Paula, parou de andar aos oito anos devido a uma síndrome neurológica progressiva. Por causa desta doença, hoje não come, nem escreve sozinha, mas isso não a impede de ter relações. Ela diz o seguinte: “o meu namorado é negro e eu sou tetraplégica. Ambos enfrentamos preconceitos mas isso uniu-nos ainda mais. Estamos juntos há 26 anos e nenhum tipo de deficiência pode afectar o desempenho sexual da mulher, desde que a mesma se sinta desejada.” Um psicólogo e especialista em sexualidade humana, chamado Fabiano Puhlmann Di Girolamo, diz que apenas pessoas que possuem algum tipo de lesão na medula correm o risco de perder a sensibilidade. Uma das pacientes de Puhlmann, por exemplo, é uma mulher tetraplégica, ou seja, que não possui movimento nos quatro membros, mas isso não a impede de trabalhar, estudar, apaixonar-se e de ter sido mãe de gémeos. O sexo feminino deve estar atento aos seus pontos erógenos, que variam de pessoa para pessoa. De acordo com o especialista em sexualidade, aqueles que sofreram lesão medular perdem parcialmente ou totalmente a sensibilidade dos órgãos genitais, podendo atingir o chamado paraorgasmo, uma sensação de prazer que não chega a ter todas as propriedades de um orgasmo. Para isso, a mulher deve descobrir áreas do corpo que antes não eram tão exploradas como, por exemplo, os mamilos.

Relativamente ao sexo masculino possui uma sexualidade focada no órgão genital. Apesar da possibilidade de manter a erecção presente quando sofre de alguma paralisia, o homem perde o controle da ejaculação. Quando a lesão é incompleta, é possível que consiga ejacular normalmente através da relação sexual ou estimulado por procedimentos mecânicos. Nos homens que tiveram lesão completa, um número pequeno (1% a 5%) pode conseguir ejacular. Como é óbvio, uma pessoa que não possua qualquer tipo de deficiência pode interessar-se por uma pessoa com deficiência seja ela qual for mas enfrentará problemas com familiares e amigos, principalmente com os familiares; isto porque podem não aceitar, no início, que alguém que esteve sempre aos seus cuidados esteja apaixonado(a) podendo no futuro, como é natural, distanciar-se do seu convívio diário com a sua família, visando levar uma vida de casal de namorados, sair, passear, divertir-se. 

Apesar do não aceitamento da sua família, muitos relacionamentos a dar resultado pelos motivos que acima referi. Da mesma forma, pode não haver uma resistência de aceitação muito grande por parte da família da pessoa sem deficiência, ocorrendo boicotes ao relacionamento de forma subtil ou até mesmo evidente. O psicólogo Fabiano Puhlmann diz num artigo o seguinte: “imagine aquela mulher com deficiência física severa, com um certo grau de dependência geral dos pais, os quais não se colocam directamente namoro, mas inventam regras impossíveis de serem compridas, como a proibição do namoro em casa, falta de colaboração no transporte, chegando à chantagem financeira (…).” Os que conseguem ultrapassar as dificuldades atrás descritas provam a toda a gente, isto é, família e amigos que são capazes de amar e ser amados e, aos familiares, provam que o relacionamento que estão a ter está a fazer bem aos filhos que eles tanto amam.

No decorrer deste artigo coloquei duas questão sobre este tema que é muito pertinente a dois amigos meus, um do sexo masculino e outro sexo feminino. As questões foram exactamente iguais: o que achas sobre a sexualidade na deficiência? Achas que na escola se devia falar sobre a sexualidade na deficiência? As respostas foram... a masculina: “acho que é um tabu, que a maioria das pessoas pensa nisso mas não fala por acharem que os deficientes são incapacitados ao ponto de não praticarem actos sexuais! Acho que o sexo é uma necessidade humana, e se os deficientes são seres humanos têm necessidades sexuais que têm ser satisfeitas como toda a gente”. Resposta à segunda questão: “acho. Não só para quebrar o tabu mas para abrir a mente dos próximos cidadãos”.

Agora, a feminina: “a sexualidade na deficiência pode ou não pode estar condicionada. Se for uma lesão que impede certas coisas (como nas relações sexuais), tem de se ultrapassar isso tem de se arranjar uma maneira simples de ultrapassar os obstáculos. Mas acho que não há muita diferença entre sexualidade na deficiência ou sem ser na deficiência. Somos todos iguais independentemente das nossas características físicas e psicológicas.” Segunda questão: “Acho que a escola devia falar sobre a sexualidade na deficiência, sem dúvida. Não só para as pessoas com deficiência mas também como um abrir de olhos para os que não são. É importante a muitos níveis igualar os alunos em termos de aprendizagem e em termos de conhecimento para além de português, biologia e história. Isto para dizer à nossa sociedade que qualquer pessoa com qualquer tipo de deficiência pode usufruir da actividade sexual como uma pessoa dita normal.”
Volto a dizer o que disse no meu último artigo: somos todos diferentes, mas ao mesmo tempo todos iguais.

Por: Francisco Taveira - Correio do Minho

Entrega da petição pelo fim da proibição de prescrição de medicamentos nos hospitais

Exmo(a). Sr(a).

Queremos entregar a petição “Criar e Aprovar o Estatuto do Doente Crónico, tal como a Tabela Nacional de Incapacidade e Funcionalidades da Saúde” no dia 25 de Maio, na Assembleia da República.

Queremos entregar a petição «Petição pelo fim da proibição de prescrição de medicamentos nos hospitais» (http://www.peticaopublica.com/?pi=medicame), que conta com mais de 4000 subscritores, no início do mês de Dezembro.

O seu apoio é fundamental. Ajude-nos a divulgar esta petição que é para TODOS, doentes crónicos e seus familiares. O seu apoio é fundamental. Envie este email aos seus amigos. Gostaríamos de ultrapassar os 5 mil subscritores para mostrar a nossa inequívoca vontade em alterar o estado das coisas.

A prática levada a cabo pelas administrações hospitalares é de extrema gravidade não só porque colide com as boas práticas clínicas, violando inclusive as normas de orientação clínica, mas também porque não respeita as especificidades individuais dos doentes.

Existem hospitais que, para uma determinada doença, não querem dar a melhor e a mais adequada medicação aos doentes.

Existe desigualdade entre doentes, consoante o hospital em que estão a ser tratados.

Não podemos aceitar que substituam todos os medicamentos por um único, o mais barato.

Com os nossos melhores cumprimentos,

Stephen Hawking escreve breve versão de sua longa vida

O físico britânico Stephen Hawking, 71, não só sobreviveu muitas décadas além do seu prognóstico médico inicial como o fez por tempo suficiente para escrever suas próprias memórias.
Com o inspirado título “Minha Breve História” (motivado pelo best-seller que projetou Hawking para a fama, “Uma Breve História do Tempo”), o pequeno livro, de 144 páginas, não é a obra detalhista e exaustiva que um fã do cientista poderia esperar.

Por outro lado, já há ao menos duas biografias dele bastante completas (por Kristine Larsen e Leonard Mlodinow).

A virtude de “Minha Breve História” é trazer a perspectiva da primeira pessoa a uma incrível história de superação e sucesso intelectual.

Sobre isso, Hawking é modesto. Ele só menciona sua “crescente dificuldade”, sem detalhar sua convivência de décadas com a esclerose lateral amiotrófica, doença neurodegenerativa que mata em poucos anos (o caso de Hawking é incomum, e ele é o mais longevo do mundo a receber esse diagnóstico).

Infância

Hawking conta sobre sua infância, pouco conhecida, e revela detalhes curiosos, como o fato de que só aprendeu a ler na “extremamente tardia idade de oito anos” e de sua paixão por trens de brinquedo e, mais tarde, aeromodelos. As fotos que acompanham o texto são um dos destaques da obra.

“Meu objetivo sempre foi construir modelos que funcionassem e que eu pudesse controlar”, conta. Esse desejo de compreender como as coisas funcionam seria a motivação básica para perseguir uma carreira em física e cosmologia, segundo ele.

Hawking estava fazendo seu doutorado quando recebeu seu diagnóstico. “A percepção de que eu tinha uma doença incurável que provavelmente me mataria em poucos anos foi um tanto chocante. Como algo assim poderia acontecer comigo?”

“No entanto, enquanto estive no hospital, um menino morreu de leucemia na cama à minha frente, o que não foi algo bom de ver. Era óbvio que havia pessoas em situação pior do que a minha.”

Resultado: Hawking optou pela vida. Casou-se duas vezes, teve três filhos, mergulhou na pesquisa e fez a famosa previsão de que buracos negros emitem radiação.

“Acho que a maioria dos físicos teóricos concordaria que a minha previsão de emissão quântica de buracos negros está correta, embora ela ainda não tenha me valido um Prêmio Nobel, porque é muito difícil verificá-la experimentalmente.”

Sua história traz uma mensagem importante, que Hawking sabe resumir bem. “Tive e tenho uma vida completa e prazerosa. Acredito que pessoas com deficiência devem se concentrar nas coisas que a desvantagem não as impede de fazer, e não lamentar as que são incapazes de realizar. No meu caso, consegui fazer quase tudo o que queria.”

O físico se esquiva dos rumores de que sofria abuso físico de sua segunda mulher, que antes trabalhava como sua enfermeira. “Meu casamento com Elaine foi apaixonado e tempestuoso. Tivemos nossos altos e baixos, mas o fato de Elaine ser enfermeira salvou minha vida em diversas ocasiões.”

No fim, o livro se concentra, de forma resumida e talvez impenetrável para quem nunca leu sobre seu trabalho, nas contribuições que ele deu à física. “Fico feliz se acrescentei algo ao nosso conhecimento do Universo.”

Fonte: Deficiente Ciente

Software criado na UFRN ajuda pessoas que perderam movimentos

Autonomus permite tarefas simples a pessoas que perderam movimentos.Programa de computador foi desenvolvido há cerca de dois anos e meio.

Um exemplo de como a ciência pode transformar vidas. O projeto Autonomus, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, permite que pessoas que perderam os movimentos dos braços e das pernas possam executar tarefas simples, apenas com uso de um programa de computador.

O projeto vem sendo desenvolvido por pesquisadores da UFRN há cerca de dois anos e meio. No experimento, uma espécie de tiara, que possui pequenos dispositivos eletrônicos, é utilizada para captar os impulsos eletromagnéticos vindos do cérebro, sendo estes transferidos para um computador que contém um software, que é responsável pela realização das atividades. Assim, é possível, por exemplo, que uma pessoa que não tem os movimentos dos membros possa mudar o canal da TV usando apenas a visão.

O projeto já tem resultados. Dona Marlene, uma das pacientes que utiliza o programa, sofre há três anos de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa que provoca a perda da força muscular. Com o projeto, pessoas como ela podem realizar essas tarefas simples. “Eu acho que ela nem acreditava, porque até para a equipe do professor foi uma surpresa, poder ligar uma TV só com o piscar de olhos”, diz Marilene Andrade, irmã de Marlene.

De acordo com o professor de fisioterapia Wagner Henrique Souza, qualquer paciente que tenha as funções cognitivas preservadas pode utilizar o programa, o que aumenta ainda mais o grupo de possíveis pacientes que podem ser beneficiadas. “Qualquer paciente que tenha as funções cognitivas preservadas, mas não tenham condições de controlar os seus membros, como tetraplégicos ou ainda pessoas com lesão medular, podem também fazer valer esse projeto”, explica o professor.

O projeto também busca viabilizar o processo de educação. Em parceria com a Secretaria de Educação à Distância da UFRN, o Autonomus permite que pacientes com limitações motoras possam ter acesso à universidade. “O Autonomus permite libertar o paciente dessa limitação física, mas também nos dá outra parte importante, que é permitir que o indivíduo deixe de ser apenas um paciente e possa também ser um aluno. Na UFRN nós desenvolvemos um universo virtual juntamente com a Secretaria de Educação à Distância que permite que esse tipo de paciente possa ter essa interação e o acesso à educação”, disse o pesquisador.

O programa Autonomus é distribuído gratuitamente pelo Laboratório de Inovação Tecnológica da UFRN. O endereço do site para o download do programa é o www.lais.huol.ufrn.br. A tiara com os sensores deve ser comprada. O valor médio do equipamento é de R$ 1.500. A adaptação do sistema é feita com o auxílio de um fisioterapeuta.

Fonte: Ser Lesado

Câmara de Vila Real de Santo António contrata 20 pessoas com deficiência

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António anunciou a contratação de 20 pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade, ao abrigo de um programa governamental de apoio a contratos de emprego e inserção.

O presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, disse à agência Lusa que a contratação destas pessoas foi feita no âmbito do Plano Local de Emprego, criado pelo município e pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para combater o desemprego, através da promoção de políticas ativas de emprego e estímulo ao empreendedorismo.

Questionado sobre a comparticipação da autarquia no programa de apoio à contratação de pessoas com deficiência, Luís Gomes disse não conseguir «detalhar as percentagens», mas adiantou que «há uma parte financiada pelo Estado e outra pela Câmara, sendo a do Estado superior à do município».

A câmara referiu num comunicado que, com a contratação destas pessoas, «a autarquia passa a integrar mais de uma centena e meia de pessoas portadoras de deficiência nos seus mais variados setores (como é o caso da área cultural, desportiva, administrativa ou da manutenção de espaços verdes)».

«Os novos contratos foram desenvolvidos em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, através das Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho, nomeadamente a Associação de Beneficência Mão Amiga, a Cruz Vermelha e a Santa Casa da Misericórdia de Vila Real de Santo António», acrescentou o município.

Segundo a Câmara, os «beneficiários dos contratos auferem uma bolsa de ocupação mensal no valor do Indexante de Apoios Sociais mais subsídio de alimentação e seguro de acidentes pessoais, por um período de 12 meses».

Fonte: TVI24

Petição Salvem o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian

Caros Amigos,

Acabei de ler e assinar a petição: «Salvem o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian» no endereço http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2013N71380

Pessoalmente concordo com esta petição e cumpro com o dever de a fazer chegar ao maior número de pessoas, que certamente saberão avaliar da sua pertinência e actualidade.

Agradeço que subscrevam a petição e que ajudem na sua divulgação através de um email para os vossos contactos.

Obrigado.

Enviado por Isa Barata

The Rolling Dance Chair: Cadeira de rodas para dançar

The Rolling Dance Chair é o projecto de vida de Merry Lynn Morris

Uma professora norte-americana inventou uma cadeira que faz com que crianças com incapacidades motoras e/ou mentais consigam dançar. Para já, existe apenas um modelo no mundo.

Quando Merry Lynn Morris tinha 12 anos, o pai, Bill, sofreu um acidente de viação muito grave, que o deixou em coma, com mazelas cerebrais, na vista, na anca e no joelho. A paralisia parcial que tomou conta do seu corpo confinou-o, na maior parte do tempo, a uma cadeira de rodas.

A única altura em que Bill Morris demonstrava felicidade e evolução na sua condição era no salão de baile, onde fazia um tratamento à base de movimentos de dança, com o objectivo de exercitar o corpo. Merry Lynn cresceu com essa memória, dos tempos difíceis que o pai passou, mas também daquela terapia peculiar, que trouxe alguma alegria ao progenitor.

Agora, passados vários anos, Merry Lynn é professora de dança na Universidade do Sul da Flórida, nos EUA, e, ao aproveitar o conhecimento que tem na área com a experiência de vida que acumulou, criou uma cadeira que, actualmente, ajuda crianças com incapacidades motoras e mentais a dançar.

Designada de The Rolling Dance Chair, difere de qualquer outra cadeira pelo facto de o controlo ser a própria pessoa que se senta nela. Ou seja, se o utilizador se inclinar para a frente, a cadeira avança, e assim sucessivamente com as outras direcções. Além disso, é composta por um acento sintético transparente, rotativo, que permite à pessoa rodar sobre si mesma. A Rolling Dance Chair pode ainda ser controlada remotamente, com a funcionalidade “tilt” de um “smartphone”.

A ideia de Merry Lynn só pôde ser materializada com a ajuda do departamento de engenharia da Universidade do Sul da Flórida, que pegou no conceito da professora e no financiamento proveniente de várias parte do país e tornou-o realidade. O único problema é que, para já, só está disponível um modelo.

Fonte: Crianças a Torto e a Direito  Enviado por José Mariano

Cadeiras de rodas ocupam parque de estacionamento para sensibilizar lisboetas

Mais de 50 cadeiras de rodas ocuparam esta segunda-feira um parque de estacionamento na praça do Saldanha, em pleno centro de Lisboa. O objetivo foi o de sensibilizar a população para a ocupação indevida dos lugares de estacionamento destinados a quem tem mobilidade reduzida.

domingo, 3 de novembro de 2013

Vende-se veiculo usado adaptado

Exmos. Senhores,
Venho por este meio informar que disponho de um Fiat Punto de caixa automática de 2003, com 70.000 Km e em ótimo estado, com revisões feitas na Fiat.

Dispõe de adaptação, com acelerador e travão manual à esquerda e com punho ao volante. Sou portador de deficiência motora (Tetra Paresia) devido a um acidente que tive em 1982, e procuro um comprador para este veículo devido ao facto de a minha condição física, sobretudo ao nível dos membros superiores, se estar a agravar. Essa condição faz com que a partir de agora e a conselho médico, me deva deslocar em cadeira elétrica para a qual este carro não dispõe de espaço suficiente, sendo este o motivo principal para que agora o esteja a por à venda.

Acreditando que haverá pessoas numa situação similar à minha e que não têm acesso a um veículo adaptado(pelo elevado preço de aquisição de um novo), tomei pois a liberdade de vos contactar para tentar vender o meu automóvel, que está em excelentes condições, a quem dele verdadeiramente necessite.

Considerando ainda, os custos associados à adaptação de um veículo, penso que esta poderá ser uma boa oportunidade para quem procure adquirir um carro em muito bom estado e a um preço bastante acessível.

A quantia que proponho é de 2.500€, pelo que vos peço a maior e melhor divulgação possível, caso entendam fazer com que este correio electrónico possa tornar o sonho de alguém realidade.

Obrigado pela atenção dispensada.

João Nascimento
Contacto telefónico: 96 118 07 58
Joao.nasc@netvisao.pt

Enviado por Isa Barata

sábado, 2 de novembro de 2013

Pessoas com deficiência: Contribua para uma vida independente

O INR, I.P. convida os utilizadores do seu site, a participarem, através dos seus contributos, num processo aberto de reflexão sobre as questões da Vida Independente vidaindependente@inr.msess.pt 
tendo em vista adoptarem-se medidas de política que favoreçam a autonomia das pessoas com deficiência.

Mais informações AQUI

Fonte: INR

5º Encontro Nacional de técnicos e pessoas com deficiência que enquadram a sua actividade nas práticas artísticas

Exmo. Sr. ou Sr.ª:

A Associação Nacional de Arte e Criatividade de e para Pessoas com Deficiência, ANACED, Instituição Particular de Solidariedade Social que promove anualmente iniciativas de inclusão que dão visibilidade às reais potencialidades das pessoas com deficiência e que visam contribuir para o alcance de uma sociedade na qual todos se sintam respeitados e reconhecidos nas suas diferenças, organiza no próximo dia 14 de Novembro, no Auditório da Companhia Farmacêutica GlaxoSmithKline, sito na Rua Dr. António Loureiro Borges, n.º 3, Arquiparque – Miraflores, o EN’Arte – 5º Encontro Nacional de técnicos e pessoas com deficiência que enquadram a sua actividade nas práticas artísticas, este ano sobre o tema O papel do Teatro no contexto da Inclusão: novas oportunidades fora de portas.

Muitos acreditam que o teatro para uma pessoa com deficiência só tem utilidade e função como terapia ocupacional ou reabilitação.
No entanto, a produção artística de uma pessoa com deficiência pode ser tão boa quanto a de qualquer outra pessoa. Logo, encarar a produção ou intenção artística de uma pessoa com deficiência como fazendo parte somente de um processo de reabilitação ou de inclusão social, são atitudes que podem ceifar o potencial artístico da mesma.

É, pois, pertinente criar um espaço de debate reflexivo, entre actores com e sem deficiência, encenadores, produtores, técnicos, professores, estudantes e demais interessados, que partindo do tema e das questões, Que tipos de respostas existem para as pessoas com deficiência/doença mental que querem praticar esta expressão artística? Será que sem uma formação académica os actores com deficiência/doença mental podem aspirar à profissionalização e inserção no mercado de trabalho? Qual a abertura dos espaços culturais para integrarem nas suas programações espectáculos realizados por pessoas com deficiência/doença mental? possa conduzir a um conhecimento mais alargado desta realidade de forma a aumentar a intervenção na construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva.

Neste sentido, vimos por este meio convidá-lo (a) a participar neste Encontro, e a enriquecê-lo com o seu contributo.

Para aceder ao Programa (Paineis e Workshop Prático) e à Ficha de Inscrição, clique aqui: http://anacedarte.wix.com/anaced#!enarte/cb04.

A inscrição é gratuita e deve ser enviada à ANACED até ao dia 12 de Novembro, através do e-mail (anaced@net.sapo.pt), por correio (Rua do Sítio ao Casalinho da Ajuda, 1349-011 Lisboa) ou por fax 21 364 86 39.
Com os melhores cumprimentos,

A Direcção da ANACED
ANACED
Associação Nacional de Arte e Criatividade de e para Pessoas com Deficiência
Rua do Sítio ao Casalinho da Ajuda
1349 -011 Lisboa
Tels. 21 363 68 36 – 21 361 69 10
Fax 21 364 86 39
Visite-nos em http://anacedarte.wix.com/anaced

Enviado por email

1.ª Conferência Mundial sobre Sexualidade e Deficiência

Portugal é o palco da 1.ª Conferência Mundial sobre Sexualidade e Deficiência que se realiza de 6 a 8 de maio de 2014 em Lisboa.
Estão abertas as inscrições para apresentação de artigos, comunicações, workshops e preparação de painéis sobre vários temas que relacionam a sexualidade com a deficiência e que serão abordados nesta conferência organizada pela Inter-Disciplinary.Net.

Os resumos das respetivas participações deverão ser submetidos até 6 de dezembro de 2013 e a apresentação completa deve ser entregue até 14 de março de 2014 para os seguintes emails: Colette Balmain: cb@inter-disciplinary.net; Rob Fisher:sd1@inter-disciplinary.net

Fonte: Plural&Singular

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Crescemos juntos" no factor X: "deficientes", "normais", gordos, magros, inteligentes e os 'assim assim'...

"O meu amor tem um jeito manso que é só seu", canta Chico Buarque. E é verdade. Quem tem a experiência de um grande Amor sabe, na carne, que ele tudo abraça, tudo espera, tudo crê. O melhor e o não tanto. O que se percebe e o que não se percebe. Só assim as lágrimas cheiram de alegria. 

Cai ao colo de uma mãe, uma filha diferente dos seus outros três. Com uma grave deficiência. A avó arregaça as mangas, vende o que tem, pede o que não tem, e Acontece (faz uns meses) a "Associação Crescemos Juntos" e o "Colégio Alegria" , que já aqui referi noutra crónica. A avó quis "fazer" uma obra para todos. Para "fazer" felizes as pessoas diferentes, o que é afinal "qualquer um", porque cada um de nós tem um "factor X".

Hoje refiro dois eventos que se passam este fim de semana no Colégio, e digo uma palavras sobre Educação Especial. Pedi ajuda a uma especialista na matéria. Não que eu não experimente as minhas diferentes "deficiências". Mas não estou a brincar: eu não tenho a paralisia cerebral que "ela" tem e que a quer prender num lugar que não faço ideia o que é. O que é que ela sente? Sorri. Olha-me. E eu sorrio e digo palavras que não sei. Tenho apenas a Certeza que dependemos do mesmo Amor e de o que nos distingue - de forma tão violenta - não tem a última palavra. "O meu amor tem um jeito manso que é só seu". Os gestos que trocamos não são morais, são belos. Não sei bem o que se passa, que Beleza é esta, mas tenho a certeza que o caminho passa por crescer juntos.

A especialista falou-nos, ontem, da sua experiência no terreno da Educação Especial. Não gosta de citar os "mestres" nesta matéria, embora os conheça a todos: ela é um deles, já que auto-estima e conhecimento não lhe faltam. Esclarece-nos que o objectivo principal dessa educação é a inclusão, a qual nos situa num lugar onde não há espaço para confusões inúteis. Troca por miúdos: "Incluir quer dizer 'inserir num ou fazer parte de um grupo'; em educação também quer dizer fazer parte activa de um grupo de pares; quem de nós, em algum momento da nossa vida, já não se sentiu excluído??? Lembram-se da sensação que é???"

A educadora começa a falar e não se cala: "E em contrapartida, quem já teve o prazer de se sentir incluído??? Do sentimento de pertença a um grupo??? Lembram-se como é???" E arremata: "Pois é!!! Todos somos diferentes, duma maneira ou outra, e crescemos e enriquecemo-nos nessa diferença." Isto é: "nada garante que alguém aprenda mais com outro exactamente igual a ele...; antes pelo contrário, são as diferenças que nos despertam...e assim a inclusão é válida para TODOS!!!"

E para que não restem dúvidas: "o sentido da inclusão é o de que ela é válida para todos, mais e menos diferentes. E uma vez que todos o somos de uma forma ou de outra, a deficiência é vista como uma diferença, que se integra; como se faz com os gordos, os magros, os inteligentes e os assim assim. " A exclusão pertence "ao antigamente": deseja ela, e desejo eu. Quem não deseja?

E como isto "custa" e é preciso "pedir sempre", o Colégio tem este fim de semana um Leilão e um Open Day. Sábado, amanhã, o Leiria Nascimento faz um leilão de quadros (18h- 20h) a reverter a favor da Associação. Entre outras, há obras de João Paramés e Nuno Santiago. Até dia 28 de Outubro, alguns quadros de João Paramés estarão, desde amanhã, nas paredes do Colégio (e podem ser comprados).

Domingo é o Open Day (10h-17h): dar a conhecer serviços e atividades extra curriculares. Para mães, pais e avós com interesse em inscrever o seu filho no Colégio ou nessas atividades extracurriculares. Para pessoas do meio envolvente conhecerem o espaço e encontrarem nele uma "solução" para os "seus".

Fonte: Expresso

Petição pelo fim da proibição de prescrição de medicamentos nos hospitais

Prezado cidadão,

Necessitamos do seu apoio!

Criámos no dia 24 de maio, uma “Petição pelo fim da proibição de prescrição de medicamentos nos hospitais”. São necessárias pelo menos 4000 assinaturas e temos cerca de metade (1804). Ajude-nos nesta petição, assinando e divulgando-a pela listas dos seus emails.

Para assinar esta petição basta visitar a página: http://www.peticaopublica.com/?pi=medicame .

No fim do texto da petição encontra um ícone (retângulo) onde deve clicar para assinar a petição. Vai aceder a um novo ecrã para o preenchimento dos seus dados (Nome Completo, Email e o nº do Bilhete de Identidade são de preenchimento obrigatório).

No fim da página encontra outro ícone para assinar.

Logo após ter assinado, vai receber no seu email um pedido de confirmação de aceitação e só após confirmar a sua assinatura é válida.

O seu apoio é fundamental!

Muito Obrigado,

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Centro para deficientes profundos abre em Borba

Um centro para deficientes profundos da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) vai abrir em meados de novembro no concelho alentejano de Borba, revelou hoje à agência Lusa o presidente da instituição, Manuel Lemos.

Trata-se, segundo o responsável, da terceira casa para deficientes profundos da UMP, cuja construção envolve um investimento de quatro milhões de euros, incluindo o equipamento.

Manuel Lemos explicou que a unidade vai começar a receber os primeiros utentes em meados de novembro e que até ao final deste ano ficam preenchidos todos os lugares destinados a pessoas com deficiência.

O presidente da UMP justificou a construção de um novo centro para pessoas com grau de deficiência elevado com o facto de "haver algumas centenas de pessoas em lista de espera" nas duas unidades já existentes, uma em Fátima e outra em Viseu.

Para a concretização do centro, a instituição avançou com uma candidatura, que foi aprovada, a fundos da União Europeia, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

A nova casa para deficientes, segundo Manuel Lemos, inclui um lar residencial, que pode receber 76 pessoas com grau de deficiência elevado, e um centro de atividades ocupacionais, para 50 utentes.

O responsável realçou que o centro para deficientes de Borba vai permitir a criação de 80 a 100 postos de trabalho diretos.

Manuel Lemos destacou ainda o facto de este ser o terceiro centro do género, da UMP, e o primeiro no Alentejo, que poderá dar resposta à procura mais a sul do país.

A escolha de Borba, de acordo com o responsável, deve-se ao facto da existência de um terreno da UMP disponível no concelho, que foi doado à instituição por Luís da Silva, e, em homenagem ao doador, este centro vai ter o seu nome.

O centro fica localizado numa herdade junto ao padrão de Montes Claros e à estrada que liga Bencatel a Estremoz.

A primeira pedra para a construção desta unidade foi lançada pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em julho de 2012.

Fonte: Porto Canal

sábado, 19 de outubro de 2013

Participe na elaboração legislação vida independente

O INR, I.P. convida os utilizadores do seu site, a participarem, através dos seus contributos, num processo aberto de reflexão sobre as questões da Vida Independente ( vidaindependente@inr.msess.pt) tendo em vista adoptarem-se medidas de política que favoreçam a autonomia das pessoas com deficiência.
Lembram-se? Não podem deixar de enviar as vossas sugestões para assim poderem participar na elaboração de legislação que nos permita ser donos das nossas vidas e não obrigatoriamente sermos institucionalizados.

Experimentei o quadriciclo Canta

Estive a experimentar o Canta. Posso-vos dizer que fiquei surpreendido pela positiva. Aguardo umas pequenas alterações/adaptações para poder decidir se realmente o vou adquirir. A condução foi onde senti mais dificuldades. 
CANTA é o novo quadriciclo adaptado para ser conduzido através da cadeira de rodas e com total estabilidade. Todos os comandos de controle do veículo são completamente acessíveis a partir da cadeira de rodas.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS: 

Categoria: Quadriciclo 
Motor: Honda 
Combustível: Gasolina 
Cilindrada: 337 cc 
Dimensões:(c x l x a):2320 mm, 1100 mm, 1600 mm, 
Peso Bruto / Tara: 675Kg / 390Kg 
Velocidade máxima:: 65 Km/h 
Capacidade do depósito: 18 litros 
Autonomia de um depósito: 350Km 
Lotação Total: 2 Lugares 
Pneus - Frente / Rectaguarda: 4.00 - 10 
Suspensão – Frente / Retaguarda: Hidráulica 
Cores disponíveis: Preto, vermelho, branco e verde
Meu amigo Vitor Ferreira ficou encantado e já está a tratar da sua aquisição.

Mais informação AQUI